Em dezembro de 2015 iniciamos uma nova fase na fiscalização de empresas no CRA-RJ. Com o uso de ferramentas de bigdata aliadas ao nosso sistema corporativo promovemos, de uma só vez, a fiscalização de mais de 20.000 empresas existentes no Estado do Rio de Janeiro, que de acordo com as atividades expressas em seus CNAEs principais nos sinalizavam a obrigatoriedade de registro.

Graças a essa ferramenta e aos sistemas corporativos totalmente integrados que são hoje utilizados no CRA-RJ, fomos capazes de emitir mais de 21.000 ofícios e gerenciar o recebimento de recursos, pedidos de informações, novos registros e todas as ações que decorreram deste primeiro movimento. Tudo 100% via web, já que até os recursos apresentados pelas empresas fiscalizadas são recepcionados pela área de Serviços Públicos do Sistema de Autoatendimento, que promove a anexação de cada caso ao respectivo processo aberto.
Estamos, no momento, fiscalizando simultaneamente 18.000 empresas no CRA-RJ, e já obtivemos de janeiro a outubro de 2016 cerca de 1.000 novos registros de Pessoas Jurídicas. Isto significa 1/5 dos registros que tínhamos no Conselho acumulado ao longo de toda a sua história.
Não há prioridades que se efetivem se não houver meios para se realizar os fins. As prioridades ou fins sem meios pra realizá-los viram sonhos ou apenas desejos não realizados. Eis aí um equívoco conceptual grave ainda existente no Brasil: dicotomizar meios dos fins.
Trata-se de um academicismo equivocado que se repete como um mantra: não se separa meios de fins, eficiência de eficácia, prioridades sem meios ou instrumentos pra concretizá-los.
O que interessa é superar falsas verdades existentes como a de que a fiscalização deva continuar a ser in loco, caso a caso, burocrática e ineficaz como instrumento de valorização e defesa das atividades privativas da nossa categoria profissional. A fiscalização só produz resultados se for tratada em massa, jamais no pinga-pinga.
A minha candidatura não se faz para ganhar uma eleição. Mais importante é o papel político de construção de uma nova trajetória da profissão no Brasil.
E aí a fiscalização não é o mais importante, mas o registro e o aumento da consciência profissional e da afirmação do Adminstrador no Brasil.
Ganhar eleitoralmente é apenas o resultado do processo. Construir uma nova história no Brasil para a profissão é o meu propósito.

Portanto, disseminar conceitos novos e instrumentos que os realizem é o meu objetivo, mesmo que não venha eleitoralmente a vencer. O que me interessa é a vitória política. Se a eleitoral vier, melhor ainda. Tenho um papel didático pedagógico de reconceptualização de ideias obsoletas que presidem nossas entidades.
Por esta razão, a minha busca de resultados é bem mais sofisticada e profunda: como agente político não sou subordinado ao mercado, mas sim desejo transformá-lo.
Subordinar-se ao mercado significa capitular à mediocridade dominante em nossa profissão, tanto no mundo acadêmico quanto empresarial e de gestão pública.

Como dirigente de topo da profissão não posso me subordinar à mesmice só pra vencer a eleição, mas me compete o papel político de liderar ou iniciar o processo de mudança da triste realidade profissional que vivemos.