O Conselho Federal de Administração (CFA), por meio da Câmara de Gestão Pública (CGP), promoveu – em parceria com a Embaixada da França – a palestra “Cidades Resilientes: o caso de Paris”. O evento realizado no plenário da autarquia, nesta quarta-feira (28),  contou com a participação de representantes do Governo Federal, membros do CFA e órgãos públicos.

A abertura do evento foi realizada pelo presidente do CFA, Wagner Siqueira, que iniciou seu discurso fazendo uma reflexão sobre as cidades e o século XXI. “Viver nos centros urbanos já é o presente e o futuro da humanidade. Aqueles que sonham em voltar aos campos vivem uma utopia reacionária de julgar que a realização humana só se dará com a volta ao passado. Essa atitude é obsoleta, passadista, desconectada com o presente e futuro”, disse.

Ainda em sua fala, o líder da autarquia acrescentou que é preciso ter o pensamento conectado ao nosso tempo não apenas na teoria, mas também na prática. “Tornar as cidades resilientes, amigáveis e generosas é um imperativo categórico da cidadania no mundo globalizado, da economia 4.0 e da 4ª Revolução Industrial”, salientou Wagner.

O palestrante Francês, Sébastien Maire, responsável desde 2015 pela resiliência da cidade de Paris e especialista em gestão de autoridades locais, falou das experiências que teve nos últimos quatros anos em construir e implementar estratégias no país para até 2030.

Segundo Maire, a palavra “resiliência” tem sido falada com frequência na Europa e em algumas partes do mundo. Para ele, não se trata da resiliência da administração, prefeitura ou do serviço público, mas sim de determinado território, habitantes, redes e fluxos que fazem a cidade funcionar. “É preciso ter territórios adaptados e adaptáveis. Eu diria [também que é preciso] ter cidades colaborativas e sustentáveis, com mobilidade e planejamentos urbanos”.

Durante a palestra, o especialista usou também como referência de resiliência a segunda maior e mais importante cidade dos Países Baixos, chamada Roterdã – sede do maior porto marítimo da Europa, que fica na província da Holanda do Sul. De acordo com Sébastien, o local recebeu o projeto “Cidades Resilientes” e mudou categoricamente para melhor.

“Mesmo tendo um bairro difícil e de nível social baixo, os olhares da gestão pública ficaram nesse projeto. Tudo foi coparticipado pelo povo. E afirmo: muita coisa mudou e o objeto central se tornou outra coisa. Foi uma revolução por lá. Mas volto a dizer, é preciso a participação de todos, para que juntos possamos desenhar os  anseios e vontades daqueles que ali vivem”, acrescentou.

Ao fim da palestra, um bate papo com perguntas e respostas foi feito com o público presente. A palestra na íntegra você confere aqui.

Assessoria de Comunicação CFA