O governo federal está investigando mais de 300 mil pedidos de Auxílio Reconstrução no Rio Grande do Sul devido às suspeitas de fraude. Das mais de 600 mil solicitações, quase metade apresenta inconsistências, como pessoas que não vivem em áreas alagadas ou com endereços não confirmados.

A utilização de tecnologias de big data e inteligência artificial (IA) poderia ter ajudado na identificação precoce de fraudes, cruzando automaticamente informações de diversas fontes, identificando padrões e anomalias, e prevendo comportamentos fraudulentos. A Receita Federal e o Serpro, dentre outros órgãos públicos federais, possuem acesso privilegiado a dados e informações que permitem a realização de um pente fino antes que a fraude seja cometida, seja por pessoas físicas ou jurídicas, economizando recursos que agora serão gastos para corrigir o problema.

Essa é uma questão de gestão de riscos que deve ser empregada com antecedência, considerando o cenário de frequentes golpes contra os cofres públicos que são constantemente denunciados e confirmados. Implementar tais tecnologias aumentaria a agilidade e precisão das investigações, economizando recursos e garantindo que os auxílios cheguem rapidamente a quem realmente precisa.

Adm. Wagner Siqueira é presidente do Conselho Regional de Administração do Rio de Janeiro e autor do livro “As organizações são morais?”, publicado pela Qualitymark Editora, disponível pela Amazon nas versões impressa e digital. É Administrador atuante, com uma longa trajetória de trabalho dedicado à profissão, e filho de Belmiro Siqueira, Patrono da profissão no Brasil. Foi Secretário de Administração da Prefeitura do Rio de Janeiro, Presidente do Riocentro e Secretário de Desenvolvimento Social da Prefeitura do Rio, além de exercer muitos outros cargos na Administração pública e privada.