Wagner Siqueira*

 

As organizações proclamam altos níveis de liberdade no trabalho, empowerment, iniciativa, abertura, franqueza e autenticidade.

Mas a sua agenda oculta, isto é, o conjunto de normas não escritas que conformam a vida no cotidiano empresarial produzem exatamente o contrário. Todos podem “balançar a roseira”, mas é bom que se certifiquem de que não estejam, de fato, desencapsulando a Rosa de Hiroshima.

Quando você o faz, pode estar inadvertidamente responsabilizando um colega de não participar de forma adequada do jogo organizacional.

Questionadores sistemáticos e “balançadores de roseira” normalmente não se ajustam às organizações modernas. É verdade que podem fazê-lo todas as vezes que quiserem, mas precisam estar preparados para aguentar as consequências.

Assim, as regras proclamadas afirmam que todos podem questionar os conceitos e práticas prevalecentes no mundo da organização, enquanto a agenda oculta desaconselha tal participação crítica, sob pena de ser objeto de severas sanções por ousar abalar a cultura organizacional.

 

(*) Wagner Siqueira é diretor-geral da UCAdm – Universidade Corporativa do Administrador e membro do conselho deliberativo do CIEE-RJ